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AGRONEGÓCIO

Café do Brasil gera receita de R$ 74,246 bilhões para o País

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A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), divulgou os resultados das exportações de café do Brasil em 2024, destacando o desempenho positivo do setor.

Entre janeiro e dezembro, o país exportou 47,876 milhões de sacas de 60 kg, um aumento de 30% em relação às 36,838 milhões de sacas registradas no mesmo período de 2023. A receita gerada foi de R$ 74,246 bilhões, um crescimento de 38,3% em comparação aos R$ 53,765 bilhões de 2023, considerando a cotação média de R$ 6,05 por dólar.

Embora os números expressem avanço, o ano de 2025 traz desafios significativos para a cafeicultura, especialmente no que diz respeito à manutenção da oferta em um mercado global com estoques apertados e demanda crescente. Pesquisadores do Cepea preveem que os preços elevados, que já estão em patamares recordes, deverão se sustentar devido à combinação de oferta limitada e consumo robusto.

O Brasil, maior produtor e exportador mundial de café, enfrenta dificuldades relacionadas às condições climáticas desfavoráveis. O país está há quatro safras consecutivas sem superar o recorde de produção de 60 milhões de sacas, registrado na safra 2020/21. A colheita da safra 2025/26, prevista para começar no meio do ano, ainda deverá refletir os impactos climáticos de 2024, que prejudicaram o desenvolvimento das lavouras.

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Em dezembro de 2024, os embarques totalizaram 3,536 milhões de sacas, uma redução de 15,2% em comparação ao mesmo mês de 2023, que registrou 4,171 milhões de sacas. Apesar disso, a receita cambial no período cresceu 34,3%, saltando de R$ 5,041 bilhões para R$ 6,781 bilhões, refletindo os preços elevados no mercado internacional.

O Brasil não é o único a enfrentar desafios climáticos. O Vietnã, segundo maior produtor mundial, também sofreu com condições adversas em 2024, o que contribui para a manutenção dos estoques globais em níveis baixos. Esse cenário reforça a competitividade do café brasileiro, especialmente com a valorização do robusta nas exportações.

A combinação de preços elevados e maior poder de compra tem permitido aos produtores brasileiros realizar os tratos culturais necessários, garantindo melhores condições para a produção, mesmo diante das adversidades climáticas. Para 2025, as exportações devem manter um bom desempenho, com expectativa de superar as 40 milhões de sacas na temporada 2024/25.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Ex-ministro da agricultura analisa o impacto das taxações norte-americanas

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A política de aumento de tarifas adotada pelo governo dos Estados Unidos está remodelando o cenário global das negociações comerciais, gerando impactos diretos em diversos setores econômicos. Entre os segmentos afetados, destaca-se o sucroalcooleiro brasileiro, que pode enfrentar mudanças significativas com o anúncio de novas taxas sobre o etanol nacional.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de etanol, com 36,8 bilhões de litros produzidos na safra 2023/24, mas ainda assim importa volumes significativos do biocombustível. Essa aparente contradição ocorre por fatores logísticos e econômicos.

O etanol de milho dos Estados Unidos, embarcado principalmente em Houston, chega às regiões Norte e Nordeste com um custo até 15% menor que o nacional, tornando-se uma opção competitiva nessas áreas.

Além disso, em momentos de entressafra ou quando a produção interna não atende totalmente à demanda, o Brasil importa etanol anidro, usado na mistura obrigatória de 27% na gasolina, para garantir o abastecimento. Apesar dessas importações, a crescente produção nacional, impulsionada pelo etanol de milho, tem reduzido a dependência externa e fortalecido o setor bioenergético do país.

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Em entrevista ao Estadão, o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, destacou que, embora o impacto imediato possa ser limitado, o principal risco está na necessidade de o Brasil reduzir suas próprias tarifas, o que poderia abrir espaço para a entrada de etanol de outros países no mercado nacional.

O ex-ministro também ressaltou que as tarifas impostas pelos Estados Unidos ao açúcar brasileiro são consideravelmente altas, dificultando as exportações para aquele país e tornando essencial uma estratégia de negociação cuidadosa e equilibrada.

O protecionismo norte-americano, segundo especialistas, pode gerar um efeito em cadeia no comércio mundial, afetando diretamente a economia brasileira. O agronegócio, que representa uma das principais fontes de receita do país, poderia sofrer impactos significativos caso as tarifas sejam elevadas de forma generalizada sobre commodities agrícolas. Dados do setor indicam que, em 2024, o saldo comercial brasileiro foi de aproximadamente 440 bilhões de dólares, com grande participação do agronegócio.

Diante deste cenário, o governo brasileiro avalia recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar eventuais taxações que prejudiquem a competitividade dos produtos nacionais.

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No entanto, especialistas apontam que, apesar da importância da OMC, o processo pode ser demorado. O caminho mais eficiente seria uma negociação diplomática bem conduzida, buscando alternativas viáveis para mitigar possíveis impactos negativos.

Além disso, o governo brasileiro tem intensificado seus esforços para ampliar os acordos comerciais e fortalecer a infraestrutura logística, elementos fundamentais para a competitividade do setor agropecuário. Nos últimos anos, foram firmados mais de 300 acordos comerciais, demonstrando a crescente relevância do país no cenário global.

A expectativa é que, por meio de um diálogo construtivo e equilibrado, seja possível evitar rupturas drásticas e garantir a estabilidade do agronegócio brasileiro frente às mudanças no comércio internacional.

Fonte: Pensar Agro

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