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OPERAÇÃO 777

Sete alvos da polícia foram presos nesta quarta (27); um mandado de prisão continua em aberto

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CUIABÁ

Montagem/RepórterMT

Influenciadores presos por divulgar o Jogo do Tigrinho disseram em depoimento à Polícia Civil que as viagens de luxo ostentadas na internet são bancadas por chineses e que eles não ganham as apostas, apenas divulgam vídeos demonstrativos e ganham pela quantidade de inscritos nas plataformas. O esquema começou a ser desvendado com a Operação 777, deflagrada nessa quarta-feira (27), pelas delegacias especializadas do Consumidor e de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá.

A ação dos policiais visa combater a divulgação de jogos de azar online e de rifas ilegais.

De acordo com as investigações, os ganhos dos influenciadores eram pagos pelos proprietários das plataformas para divulgarem os jogos de azar. Eles usavam uma versão demonstrativa, programada para ganhar valores altos com apostas pequenas, a fim de iludir e induzir os seguidores ao erro.

As publicações ostentando a vida de luxo são usadas para atrair os seguidores, que acabam acreditando que toda a riqueza é proveniente das apostas bem-sucedidas no Jogo do Tigrinho.

Em depoimento à polícia, os investigados confessaram que eles não ganham nada nessas apostas e que só simulam o jogo. Além disso, o valor que eles ganham é devido à quantidade de inscritos que eles influenciam a se cadastrarem nas plataformas e realizarem as apostas. A cada 100 cadastrados eles recebem um determinado valor.

Quanto às viagens de luxo, elas são bancadas pelos donos das plataformas para que os influenciadores divulguem os jogos. Todas elas são feitas de forma rápida, apenas com o intuito de tirar fotos e gravar vídeos atrativos.

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Já na modalidade de rifas online, a fraude gira em torno da venda de uma quantidade restrita de números, apenas para cobrir a despesa do bem a ser sorteado, geralmente carros. A maior parte dos números ficam para o próprio influenciador, a fim de aumentar a chance deles mesmos serem os sorteados. Quando eles ganham o prêmio, eles encontram um comparsa que se passa pelo ganhador. Essas rifas são comercializadas por um preço baixo, para atrair o maior número de compradores.

Além do crime de exploração e de divulgação de jogos de azar, os investigados poderão responder pelos crimes contra as relações de consumo, estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, uma vez que os valores que os influenciadores esbanjam são provenientes do crime e a compra de carros e imóveis tem o objetivo de lavar esse dinheiro.

Duas mães de influenciadores estão entre os investigados justamente porque contribuíram com o crime de lavagem de dinheiro, pois emprestaram os nomes para a compra de bens e movimentaram dinheiro ilegal em suas contas bancárias.

A Polícia Civil orienta aos consumidores que se sentirem lesados pela prática ilegal que registrem a ocorrência em qualquer delegacia.

Operação 777

Com a determinação do Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá (Nipo), 19 mandados judiciais foram expedidos, entre eles oito de prisão temporária e 11 de busca e apreensão domiciliar, sequestro e bloqueio de bens e valores milionários movimentados pelos investigados.

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O delegado Rogério Ferreira, da Delegacia do Consumidor fez um balanço das ações e sete mandados de prisão já foram cumpridos, sendo cinco contra influenciadores e dois contra mães de três deles. São eles: os irmãos Nicolas Guilherme e Vitor Vinícius, que estavam em São Paulo; a mãe dos dois, que ainda não foi identificada e também estava em São Paulo; Carlos Henrique Morgado, que foi preso em Várzea Grande; Larissa Gonçalves Matelli, que foi presa em Cuiabá; Gabriel Oliveira, que foi preso em Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá) e a mãe do Gabriel.

Além disso, mansões e carros de luxo foram sequestrados e R$ 12.869.572,00 foram bloqueados. Ainda de acordo com o delegado, foram cumpridas nove suspensões de empresas em nome dos investigados e 7 redes sociais foram bloqueadas.

Todos os investigados tiveram os passaportes apreendidos e estão proibidos de deixar o país, bem como de publicar qualquer conteúdo sobre rifas ou jogos de azar nas redes sociais. Caso as medidas sejam descumpridas, eles poderão ser presos por tempo indeterminado.

Um influenciador, identificado como Bruno Marques, está com o mandado de prisão temporária em aberto, pois está em Paris, participando de um evento de lançamento de uma plataforma de jogo online.

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Deputado classifica foto do irmão com faccionado como normal: “Qualquer um, até o governador”

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O deputado estadual Elizeu Nascimento (PL), irmão do vereador eleito de Cuiabá Cezinha Nascimento (União), classificou nesta quarta-feira (04.12) como “normal” a foto em que o familiar aparece ao lado de um suposto membro da facção criminosa Comando Vermelho durante campanha eleitoral na Capital.

Cezinha Nascimento, em várias imagens durante a campanha, aparece ao lado de Marcelo de Souza Silva, vulgo Jabá – que responde várias ações por tráfico de drogas, dirigir embriagado e porte ilegal de armas.

Em entrevista ao , Elizeu Nascimento saiu em defesa do irmão e declarou que, durante a campanha eleitoral, os candidatos não têm como fazer qualquer distinção, até porque, segundo o deputado, “ninguém tem escrito na testa que é membro de uma facção criminosa”.

“Uma foto normal. Quem sai para a campanha eleitoral na testa de nenhum ser humano está escrito que ele é faccionado. Eu também não posso afirmar que quem estava na foto era faccionado, até porque eu não faço esse tipo de levantamento”, disse o parlamentar.

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Ainda segundo ele, se realizar um levantamento em todo o país, poderá-se constatar que vários políticos têm passagens criminais por diferentes delitos como furto, roubo e por desentendimento familiar.

“Qualquer um candidato sai para a rua, até o governador na sua campanha, o prefeito. Se for puxar todos os políticos do Brasil, vai haver alguém que teve uma passagem policial por furto, por roubo ou às vezes por desentendimento familiar, qualquer coisa. Esse tipo de situação é muito prematuro para fazer um tipo de posicionamento em relação à ligação”, destacou.

Ao final, o deputado defendeu que é preciso criar uma lista mais simples com o nome das pessoas que integram as facções ou que cometeram outros crimes. “Eu acredito que qualquer tipo de informação que seja colocada em relação a nomes de pessoas que tenham envolvimento é viável, até para que as pessoas saibam que são estes tipos”, finalizou.

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