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OPERAÇÃO GOMORRA

No entanto, o documento não revela quem seriam os chefes do Executivo que ordenavam as despesas e facilitavam a ilicitude cometida pelo grupo, que tem contratos firmados com mais de 100 prefeituras do Estado e Câmaras Municipais

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Reprodução/Redes Sociais

Inquérito Policial que deu origem à Operação Gomorra, deflagrada nesta quinta-feira (7), aponta que a organização criminosa supostamente capitaneada por Edézio Corrêa e seu núcleo familiar só obteve êxito, em tese, por ter participação de prefeitos de Mato Grosso. No entanto, o documento não revela quem seriam os chefes do Executivo que ordenavam as despesas e facilitavam as supostas ilicitudes cometidas pelo grupo, que tem contratos firmados com mais de 100 prefeituras do Estado e Câmaras Municipais.

A ação do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) investiga fraude em licitações cometidas pelas empresas da família. São elas: Centro América Frotas Ltda, Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda, Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda e Pontual Comércio Serviços Terceirizações Ltda.

Edézio Correa, sua esposa Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, seus sobrinhos Roger Correa Da Silva, Waldemar Gil Correa Barros, Janio Correa Da Silva, sua irmã Eleide Maria Correa e a empresária Karoline Quatti Moura foram alvos de mandado de prisão e busca e apreensão na Operação Gomorra. A prefeita de Barão de Melgaço (68 km de Cuiabá), Margareth Gonçalves da Silva (UB), onde as irregularidades se concentravam, também foi alvo de busca e apreensão.

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Segundo o Naco, as empresas investigadas atuam em diversas segmentos, sempre com foco em fraudar a licitação e disponibilizam desde o fornecimento de combustível, locação de veículos e máquinas, fornecimento de material de construção até produtos e serviços médico-hospitalares.

A identificação do esquema ocorreu após a análise de todos os processos licitatórios homologados pela Prefeitura de Barão de Melgaço com a empresa Centro América Frotas no período de 2020 até os dias atuais. Foi verificado, durante a investigação, que outras empresas que haviam participado dos certames tinham como sócios pessoas do mesmo núcleo familiar do proprietário da empresa Centro América Frotas. Além disso, algumas delas sequer possuem atividade empresarial em funcionamento.

Nos últimos cinco anos, os montantes pagos às empresas chegam à cifra de R$ 1,8 bilhão, conforme dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Além do envolvimento de chefes do Executivo, vereadores de Barão de Melgaço também recebiam propina através de notas fiscais adulteradas. Os parlamentares ainda eram beneficiados por um ‘cartão coringa’ da Centro América Frota, para que abastecessem seus veículos às custas da empresa investigada. O “cartão coringa” era utilizado como mecanismo para desvio de combustível e prática de sobrepreço no município.

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“A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso recebeu, via e-mail, denúncias, acompanhadas de documentos, informando que, no âmbito da Prefeitura Municipal de Barão de Melgaço/MT, supostamente estaria ocorrendo um esquema de adulteração de notas fiscais, bem como que a Prefeita de Barão de Melgaço/MT abastece os veículos de todos os vereadores com um cartão coringa da Centro América Frotas, bem como paga propina aos vereadores através de notas adulteradas”, traz trecho da decisão que autorizou a Operação Gomorra, assinada pelo desembargador Hélio Nishiyama, divulgada pelo site Folhamax.

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Deputado classifica foto do irmão com faccionado como normal: “Qualquer um, até o governador”

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O deputado estadual Elizeu Nascimento (PL), irmão do vereador eleito de Cuiabá Cezinha Nascimento (União), classificou nesta quarta-feira (04.12) como “normal” a foto em que o familiar aparece ao lado de um suposto membro da facção criminosa Comando Vermelho durante campanha eleitoral na Capital.

Cezinha Nascimento, em várias imagens durante a campanha, aparece ao lado de Marcelo de Souza Silva, vulgo Jabá – que responde várias ações por tráfico de drogas, dirigir embriagado e porte ilegal de armas.

Em entrevista ao , Elizeu Nascimento saiu em defesa do irmão e declarou que, durante a campanha eleitoral, os candidatos não têm como fazer qualquer distinção, até porque, segundo o deputado, “ninguém tem escrito na testa que é membro de uma facção criminosa”.

“Uma foto normal. Quem sai para a campanha eleitoral na testa de nenhum ser humano está escrito que ele é faccionado. Eu também não posso afirmar que quem estava na foto era faccionado, até porque eu não faço esse tipo de levantamento”, disse o parlamentar.

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Ainda segundo ele, se realizar um levantamento em todo o país, poderá-se constatar que vários políticos têm passagens criminais por diferentes delitos como furto, roubo e por desentendimento familiar.

“Qualquer um candidato sai para a rua, até o governador na sua campanha, o prefeito. Se for puxar todos os políticos do Brasil, vai haver alguém que teve uma passagem policial por furto, por roubo ou às vezes por desentendimento familiar, qualquer coisa. Esse tipo de situação é muito prematuro para fazer um tipo de posicionamento em relação à ligação”, destacou.

Ao final, o deputado defendeu que é preciso criar uma lista mais simples com o nome das pessoas que integram as facções ou que cometeram outros crimes. “Eu acredito que qualquer tipo de informação que seja colocada em relação a nomes de pessoas que tenham envolvimento é viável, até para que as pessoas saibam que são estes tipos”, finalizou.

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