O empresário de Várzea Grande, identificado com as iniciais C.H.M.R, foi preso na manhã desta quarta-feira (27.11) no âmbito da Operação 777, deflagrada pela Polícia Civil que investiga esquema de divulgação de jogos de azar online, como o “Jogo do Tigrinho”, assim como a promoção ilegalmente de rifas nas redes sociais. A prisão é temporária de cinco dias, foi determinada pelo juiz do Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), Jorge Alexandre Martins Ferreira.
O empresário, que reside no Residencial Solaris do Tarumã, foi ainda alvo de busca e apreensão, sendo apreendido um aparelho de celular; um veículo de luxo, Toyota Corolla Cross XRE; e o seu passaporte. A decisão judicial do documento não cita qual seria o envolvimento do empresário no suposto esquema.
O juiz Jorge Alexandre Martins autorizou ainda a quebra do sigilo dos dados contidos no celular do empresário. “A autorização para quebra de sigilo de dados abrange, nos termos requeridos pela autoridade policial, a localização do aparelho, as fotos encontradas, a obtenção do extrato reverso das ligações efetuadas e recebidas e das mensagens trocadas, bem como o acesso às redes sociais, e-mails e aplicativos instalados, v.g., WhatsApp, Instagram, Facebook etc, possibilitando amplo acesso aos dados existentes e aos deletados para fins de elaboração de relatório de análise e de extração”, diz trecho da decisão.
O C.H.M.R, proprietário de uma distribuidora de bebidas, já foi alvo de inquérito policial por suposta participação em esquema de venda ilegal de terrenos em Várzea Grande. Porém, a investigação foi arquivada por falta de provas.
O Esquema
As investigações da Polícia Civil apontam que quatro influenciadores digitais de Mato Grosso e dois de São Paulo incentivavam os seguidores a apostar pelos vídeos em que eles apareciam ganhando altos valores, em poucos segundos, com apostas de valor baixo.