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TRATAMENTO DE COVID-19

Tribunal entendeu que plano de saúde cobria gastos e David Uip é diretor de Infectologia do hospital, não podendo fazer cobranças extras por serviços da própria unidade hospitalar

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MATO GROSSO

Reprodução

Por unanimidade, a 28ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) julgou procedente uma apelação movida pela primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, que havia sido condenada em primeira instância a pagar R$ 479 mil à clínica do médico David Uip, infectologista e diretor do Hospital Sírio Libanês, por conta do tratamento de covid-19 de sua mãe já falecida, Euridice Gomes, durante internação na unidade-sede em São Paulo.

Com a decisão, a sentença foi anulada e Virgínia Mendes, única inventariante da mãe, se vê livre da cobrança.

Segundo o relator da apelação, desembargador Ferreira de Cruz, houve cobrança indevida da clínica do médico David Uip, já que ele ocupava a função de diretor de infectologia do Hospital Sírio Libanês e, por isso, não poderia cobrar por serviços particulares.

O plano de saúde da mãe da primeira-dama já garantia a cobertura em internações, segundo o TJSP.

“Nesse nosocômio o médico titular da equipe autora [David Uip], que leva o seu nome, atua como Diretor do Centro de Infectologia a prestar seus serviços como membro do seu corpo clínico; logo, todo o tratamento dispensado a Eurídice dentro daquela casa de saúde não pode ser exigido a título particular”, argumentou o desembargador.

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“Noutras palavras: em todas as 261 visitas que alega ter feito (item 5 fls. 03), não era a clínica do Dr. David Uip Nair que estava lá, mas um profissional do corpo clínico do hospital conveniado”, completou o magistrado.

O desembargador também sustentou que não existe nos autos qualquer tipo de contrato de honorários ou prestação de serviços por parte da clínica do médico com a mãe da primeira-dama, que esteve internada na unidade em 2020.

“Tudo o que ocorreu dentro do Hospital Sírio Libanês, portanto, é de responsabilidade do plano de saúde, não cabendo a cada médico integrante do seu corpo clínico demandar honorários profissionais em nome próprio, como se tivesse agido em seu consultório e/ou prescrito a internação naquele estabelecimento”, argumentou o desembargador Ferreira Cruz.

Ele também citou falta de transparência na cobrança feita pela clínica do médico à primeira-dama.

O voto do relator foi acompanhado pelos desembargadores Dimas Rubens Fonseca e Michel Chakur Farah. O julgamento aconteceu por meio de plenário virtual do TJSP e o acórdão publicado nesta quarta-feira (27).

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A clínica do dr David Uip ainda foi condenada em honorários sucumbenciais a pagar 10% sobre o valor da causa (R$ 479.441,87) corrigido desde a propositura.

A decisão ainda não é definitiva e o médico pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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MATO GROSSO

Mauro sobe o tom e vai proibir advogados de entrarem em presídios com celular: “Nós fazemos as regras aqui”

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Governo de MT

O governador Mauro Mendes (União) disse, na sexta-feira (29), que vai proibir a entrada de qualquer pessoa dentro de unidades do sistema penitenciário com aparelhos celulares, inclusive advogados. A medida é mais uma visando o combate à criminalidade em Mato Grosso.

“O governador, se for lá, o secretário que for lá dentro do presídio não vai poder entrar com celular, pronto”, disse Mauro. “(O advogado) Ele é melhor que o governador, que o senador, que o servidor? Não. Ninguém vai poder entrar no presídio com celular”, reforçou o govenador.

Questionado sobre as manifestações da presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, que já havia reagido contra uma declaração polêmica do Procurador-Geral de Justiça de Mato Grosso, Deosdete Cruz Júnior, que disse que alguns advogados são “pombos-correios do crime”, Mauro disse que não existe lei que o impeça de tomar essa decisão.

“Me mostra qual lei que está escrito que advogado pode entrar com celular dentro do presídio. Qual lei que tem? (A presidente da OAB) protestou, mas cadê a lei? Se tiver lei, eu respeito a lei, agora se não tem lei nós fazemos as regras aqui. E as regras serão assim”, afirmou.

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Mauro tem demonstrado insatisfação com o desempenho das forças de segurança no combate ao avanço das facções criminosas em Mato Grosso e vem adotando, desde a semana passada, uma série de medidas para impedir que lideranças presas continuem a dar ordens para faccionados em liberdade.

Além da criação da Secretaria de Estado de Justiça, que vai ser a responsável pelo sistema penitenciário, o governador promoveu a troca do comando da Polícia Militar, efetivada nesta sexta-feira (29), com a posse de Fernando Tinoco no lugar de Alexandre Mendes, que ocupou a função nos últimos dois anos e sete meses.

“Nós vamos adotar medidas enérgicas e duras para combater qualquer tipo de transgressão dentro do nosso sistema prisional”, garantiu o governador. “(…) Vai ter normas e regras claras e quem descumprir vai ser submetido rapidamente ao rigor daquilo que estará nas regras que todos vão conhecer e terão que cumprir. Se alguém, conhecendo (as regras) não as cumprir, não vai poder reclamar da rapidez e da rigidez com que essas regras serão aplicadas”, prometeu.

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